Tailândia: abrindo a cortina para um novo mundo

Tailândia: abrindo a cortina para um novo mundo. Conhecer a Tailândia é como abrir a cortina para um novo mundo. Só com a mente receptiva e os sentidos afinados somos capazes de absorver os cheiros, cores, sabores e gestos que nos bombardeiam a cada passo, sempre numa intensidade maior do que esperam os nossos parâmetros ocidentais.

Esse turbilhão de sensações inéditas proporciona a cada forasteiro a estranha sensação de ser o primeiro a pisar cada palmo de areia branca, selva ou asfalto – mesmo cercado de uma multidão de faràngs igualmente deslumbrados.

O segredo do sucesso do país campeão do turismo no Sudeste Asiático está no mix perfeito entre cultura, hedonismo e exotismo. Ao sul, as praias de Koh Phi Phi e Phuket, entre muitas outras, entregam de bandeja um extenso cardápio de prazeres mundanos, distribuídos em vastos trechos de areia fina e branca, cercados de cenários cuja beleza chega a ser insultante.

Ao norte, este país budista expõe a sua espiritualidade à flor da pele em cidades sagradas como Ayutthaya e nos templos de Chiang Mai, que já foi sua capital (religiosa, inclusive). Na frenética Bangcoc, o frenesi tailandês atinge o seu auge, numa das metrópoles mais fascinantes do planeta onde vivem, entre templos, arranha-céus e luzes de néon, 6 milhões de pessoas.

Experimentar a Tailândia é queimar a língua em receitas apimentadíssimas (e absolutamente deliciosas, como o macarrão frito phad thai e o condimentado peixe pla samrod) até aprender a dizer “no spicy” (pronuncia-se “no sapaaaaiciiiii”) em uma maneira muito particular de falar o inglês. É entender o amor incondicional (em pleno século 21) do povo pelo rei Bhumibol Adulyadej, que ocupa o trono há mais de 60 anos. É expressar a sua gratidão num singelo wâi, o inclinar de cabeça que substitui o contato físico. É entender o profundo significado do bordão “same same, but different” (traduzindo: igual, mas diferente). É viver emoções nunca dantes navegadas.

ONDE COMER

Uma das grandes diversões na Tailândia é explorar sua gastronomia. Pescados, arroz e macarrão são sua base e quase sempre estarão presentes em um ou mais pratos de uma refeição. O que coloca a cozinha tailandesa em uma categoria à parte é a maestria como combinam os sabores básicos — salgado, doce, azedo, amargo e ardido — em uma mesma receita. As diferentes regiões do país influenciam sua culinária no modo de preparo e no uso de ingredientes. O norte, por exemplo, é fortemente influenciado por receitas chinesas, enquanto que o sul importou componentes malaios e indonésios. De qualquer forma, a Tailândia vem se firmando como terra de uma cozinha diferenciada, saborosa e nutritiva.

O símbolo máximo dessa vertente é o pad thai, um macarrão de arroz que traz brotos de feijão, camarão seco, camarão fresco, coentro, cebolinha, ovo, molho de tamarindo, um pouco de açúcar, amendoim, gotas de limão e alguns outros temperos. Aparentemente simples, as diferentes nuances de seus ingredientes explodem na boca, em um verdadeiro festival de frescor e pujança. Outro prato emblemático é o pla raad prik, um perfumado peixe frito (inteiro), que, assim como os diferentes kaeng (curries), tanto vermelhos como verdes, estão entre os favoritos dos turistas.

Barracas de rua muitas vezes servem comida de boa qualidade, mas nem sempre seguem as melhores regras de higiene (algumas lavam pratos e vegetais diretamente na água do rio). Na dúvida, evite. Siga então as recomendações do pessoal de seu hotel e as dicas do viajeaqui. Os restaurantes estabelecidos costumam oferecer pratos com ótimos ingredientes e apuro técnico, com serviço sempre muito atencioso.

Acompanhe seus poderosos pratos com uma cerveja Singha ou Chang, chá verde ou de jasmim, água de coco ou interessantes sucos naturais de frutas. Já as sobremesas são bem simples, como o khao niaow ma muang, um arroz doce com manga.

Ah, e aqui também os vegetarianos se darão bem, já que a oferta de pratos é imensa. A única atenção é com referência ao extenso uso de molho de peixe e de ostras como condimento. Peça para não utilizá-lo e está tudo bem.

Fonte: http://viagemeturismo.abril.com.br/