A capital do Laos é um prato cheio a quem, como Larissa e eu, também gosta de explorar um local novo com calma, viajando devagar e conhecendo cantos que nem sempre aparecerão em guias de viagem.
-
Wat Sok Pa Luang
Para um contato mais próximo com o budismo, e de quebra, entender a cultura laosiana ouvindo direto de sua população, a melhor escolha é visitar o Wat Sok Pa Luang num sábado à tarde. Do Talat Sao, embarque no ônibus número 32 ou pague uma corrida de tuk tuk em direção à Embaixada da Alemanha. Nós fomos de bicicleta partindo da casa em que moramos, mas andar de bicicleta no trânsito do Sudeste Asiático é coisa de maluco. Mesmo!
Este templo, ainda que sem grandes destaques arquitetônicos, proporciona a melhor experiência e o mais íntimo contato com o budismo que um turista possa desejar ao visitar Vientiane.
Todos os sábados, às quatro da tarde, um grupo de jovens monges (noviços, em formação) se reúne para aprender inglês e ter contato com estrangeiros, expatriados e qualquer viajante que tenha interesse em participar de um intercâmbio cultural. Em troca de uma sessão de conversação sobre os mais diversos assuntos com os monges e com a população local, são oferecidas no Wat Sok Pa Luang algumas sessões gratuitas de meditação no melhor estilo budista, caminhando pelos jardins do templo sentindo a grama e terra em seus pés, ou esquecendo que tem um corpo físico meditando sentado no templo. Uma experiência única e fantástica.
-
Xieng Khuan, o Budda Park
Bem afastado do centro fica a atração religiosa mais excêntrica de Vientiane, o Xieng Khuan, mas que pra nós, gringos, ficou conhecido como Budda Park, que seria uma definição mais “descritiva” da coisa.
Xieng Khuan é um parque de esculturas desenvolvido por um artista-religioso nos anos 50, misturando conceitos budistas e hindus, sem muita ordem ou critério. O resultado, ainda que caótico, ficou interessante e chama bastante atenção, tornando o local uma das atrações mais procuradas da capital do Laos.
O mais legal do lugar talvez seja visitá-lo ao som de flautas típicas e não saber de onde vem o som, até, ao tentar rastrear a origem da música no mato em volta do parque, se deparar com um religioso pintado dos pés à cabeça pedindo dinheiro aos gringos. Coisa bem doida mesmo!
Como fica bem longe do centro de Vientiane, para chegar ao Budda Park a melhor opção é o ônibus número 14, que sai a cada 20 minutos das imediações do Talat Sao, a estação de ônibus e mercado municipal da cidade. A viagem dura uma hora, custa 8000 Kip (1USD) e é feita em ônibus de viagem, com direito a ar condicionado (um luxo absolutamente necessário no Laos).
Quer saber se locomover em Vientiane? Acesse o site da Vientiane Capital State Bus Enterprise (VCSBE) que tem linhas, trajetos, preços (desatualizados) e horários (que ninguém respeita), mas que serve de base para se orientar no transporte público da cidade.
-
Patuxai, o arco do triunfo de Vientiane
Na arquitetura civil da capital do Laos, o destaque é o Patuxai, uma construção similar ao Arco do Triunfoerguido na França. A uma distância caminhável do centro, o Patuxai reina na avenida principal de Vientiane e serve como um mirante de onde se pode observar toda a cidade ao longe.
Tivemos uma experiência incrível lá, onde, ao pedir para fotografar dois monges sentadinhos lá, eles vieram até nós para praticar inglês (eles são fanáticos por isso) e acabamos até trocando emails. São essas coisas que fazem do lugar gratificante para nós, a genuína felicidade de seus locais em nos receber.
-
COPE Visitor Center e a Guerra do Vietnã, no Laos
Devido a sua baixa população, o Laos, apesar de não figurar nos livros de história, é o país com o maior número de bombas despejadas per capita do mundo. Durante a Guerra do Vietnã, milhares de artefatos explosivos foram jogados pelos americanos em território laosiano e ainda hoje, anualmente, alguns destes itens que não explodiram quando lançados, são detonados acidentalmente no país, especialmente na área rural.
Fonte: https://vidacigana.com