Cidade de pedra de Zanzibar

Recebe o nome de cidade de pedra de Zanzibar (ou Mji Mkongwe, em lígua suaíli) o núcleo inicial e central da atual cidade de Zanzibar, localizada na costa oeste de Unguja, a principal ilha do arquipélago de Zanzibar, parte da República da Tanzânia, na África oriental.

A cidade foi erguida com a intenção de abrigar a capital do sultanato de Zanzibar, na metade do século XIX. Hoje em dia, ela forma o centro histórico da cidade.

 A cidade de pedra mudou muito pouco nos últimos 200 anos, tendo conservado as suas ruelas sinuosas, bazares movimentados, mesquitas e grandes casas árabes cujos proprietários originais competiam uns com os outros pela maior extravagância de suas habitações. Em 2000, a cidade de pedra foi eleita Patrimônio Mundial da UNESCO.

A maioria das casas foram construídas no século XIX, quando as ilhas experimentaram o auge de seu desenvolvimento como um dos centros comerciais mais importantes na região do Oceano Índico. A principal matéria prima utilizada nas construções é uma pedra local, denominada rocha coral, um material prático, mas de fácil desgaste. Tal problema fica evidente ao se observar diversas casas do conjunto que se encontram em mau estado de conservação. Para sanar o problema, foi criada uma comissão que se ocupa da restauração e preservação do local, tendo reparado várias casas até o momento.

De todo o conjunto destaca-se a Casa das Maravilhas, um grande edifício cercado por fileiras de pilares e varandas, e encimado por uma grande torre de relógio. Foi construída em 1883 como um palácio cerimonial para o sultão Barghash, sendo o primeiro edifício em Zanzibar a ter luz elétrica e um elevador elétrico. Ainda hoje é um dos maiores edifícios da ilha.

Próximo à casa das maravilhas há um grande edifício com paredes altas, marrom escuras, encimado por ameias (abertura, no parapeito das muralhas de um castelo ou fortaleza, por onde os defensores visavam o inimigo). É o Forte Árabe, construído entre 1698 e 1701 pelo clã Busaidi de Omã. Outra construção digna de menção é a Casa de Livingstone, construída por volta de 1860 pelo sultão Majid, e que era utilizada por vários missionários e exploradores como ponto de partida de suas viagens pela África. Seu nome se deve ao fato do célebre explorador, Dr. David Livingstone, ter vivido ali antes de começar sua última viagem ao interior do continente. É na cidade de pedra que se localiza ainda a casa do último grande senhor de escravos, de, provavelmente toda a África, Tippu Tip, uma das maiores de toda a área.

 

Fonte: www.infoescola.com