Dinheiro na China: como trocá-lo, quanto levar e como evitar golpes comuns

Viajar para um destino tão distante e tão diferente quanto a China pode ter as suas pegadinhas. Além de se adaptar aos costumes chineses, o turista esbarra na dificuldade de entender o idioma e nas diferenças culturais que podem deixá-lo um pouco perdido. Para que essa confusão não seja sentida no bolso, respondemos aqui algumas das principais questões que surgem quando o assunto é dinheiro na China.

 

 

Quanto custa viajar para a China?

O preço da hospedagem varia muito de acordo com a temporada, mas é possível conseguir boas acomodações para duas pessoas com diárias a partir de 400 yuans (RMB ou CNY, como a moeda é expressa). Reserve um pouco mais para Xangai e para a região especial Hong Kong, que são lugares mais caros.
Além da acomodação, calcule um gasto médio de 300 a 400 yuans por dia nas principais cidades, entre alimentação, transporte urbano (metrô, ônibus e táxi) e atrações turísticas em geral. Algumas atrações mais caras, como a subida no topo do World Financial Center, de Xangai, ou a visita à Muralha da China, perto de Pequim, podem fugir desse orçamento. No interior, os gastos caem bastante, principalmente com a alimentação.

 

 

É melhor levar dinheiro ou usar cartão de crédito?

Dinheiro, sem dúvida. É sempre bom ter um cartão de crédito com você, mas dinheiro na mão, na China, vale ouro, já que cartões não são aceitos nos táxis e em alguns restaurantes e pontos turísticos. Levando dólares, você troca o dinheiro facilmente nos bancos, que praticam uma cotação bastante similar entre eles, e em alguns hotéis, que operam câmbio com valores próximos ou até idênticos aos dos bancos.
Para levar o cartão de crédito, certifique-se de que há uma certa folga no limite dele. O seu hotel pode pedir para bloquear um “depósito de segurança” que chega a dobrar o valor da hospedagem e só é devolvido dias depois. A prática é bastante comum nas principais cidades chinesas e em hotéis de grande porte.

 

 

 

Como evitar golpes comuns na China:

Golpes acontecem em qualquer lugar, mas quem não fala a língua do destino fica mais vulnerável. O turista pode acabar caindo em um golpe por não entender bem o que está acontecendo ao seu redor. Isso pode acontecer no dia a dia, na rua mesmo, ou na hora de pegar táxi, por exemplo.
A China é um país muito seguro, ou seja, não há porque temer assaltos ou violência física, mas vale ficar atento para não ser passado para trás por alguém mal intencionados.
Para evitar golpes na rua, os profissionais de turismo chineses recomendam não aceitar convites estranhos de desconhecidos, como uma massagem grátis ou um chá em outro lugar. Podem ser tentativas de extorsão.
Os golpes de taxistas já são mais conhecidos – tanto que alguns aeroportos, como o de Pequim, até informam em painéis ao longo da fila sobre como evitá-los. No geral, se você apresenta o nome e o endereço do seu destino em chinês, os taxistas são respeitosos e objetivos, não cobram a mais, mesmo de estrangeiros, e não ficam dando voltas para enganar o turista. Você pode conseguir isso com aplicativos de tradução de chinês ou pedindo a ajuda dos atendentes do seu hotel, que com certeza estarão acostumados a traduzir endereços para os hóspedes.
Outra dica dos guias turísticos chineses é observar o momento da devolução do troco – seja pelo taxista, seja por qualquer prestador de serviço. Há quem receba sua nota e, ao fingir procurar troco, a substitui por outra, falsa, discretamente, alegando que quem entregou a nota falsa foi você. Assim, ele exige que você pague o serviço com outra nota, fica com duas verdadeiras e você, com uma falsa, que nunca foi sua. Para driblar a troca, fique atento no momento do pagamento. Deixe claro que você está de olho na movimentação da outra pessoa, para inibir a substituição do dinheiro.
Outro golpe comum é quando o motorista de táxi finge que liga o taxímetro, mas não o faz. Ao chegar no destino, entrega um recibo antigo, alegando que sua corrida custou aquele valor, muito mais alto que o valor real. Para evitar esse problema, certifique-se de que o taxímetro foi realmente ligado. Basta observar se há um painel aceso com um valor inicial, da bandeirada (que vai permanecer o mesmo por cerca de dois quilômetros), e um cronômetro contabilizando o tempo da corrida. O recibo com o valor correto dela deverá ser impresso ao final, nesse mesmo painel.
Para ficar mais seguro quanto à viagem de táxi, deixe algum mapa já aberto no seu celular, com o trajeto traçado entre a sua localização e o seu destino. Mesmo sem internet, o gps mostrará onde você está e é mais fácil conferir se o taxista está dirigindo para o lugar certo.
Fonte: www.viajala.com.br