O que fazer em Siem Reap no Camboja além de Angkor Wat

Siem Reap é a principal porta de entrada do Camboja para quem deseja visitar o complexo de templos de Angkor Wat e todo mundo que vai a cidade, obviamente, vai para visitar os templos, mas a cidade também tem outros lugares bem interessantes para serem visitados.

 

 

A razão desse post é mostrar que existem coisas legais em Siem Reap além do complexo de templos de Angkor Wat, claro, nada se compara a grandiosidade daquele lugar, mas se você está chegando aqui no blog agora, veja que eu já publiquei um post com roteiro super completo dos templos:

 

 

Siem Reap é uma cidade grande, tem um movimentado aeroporto internacional, mas que tem muitas características de cidade pequena, daquelas que a gente passa no interior do Nordeste do Brasil, com muitas ruas de terra, casas humildes e gente simples.

 

 

Apesar da importância turística da cidade, estamos falando de um dos países mais pobres do mundo, que muitas ruas são de terra, onde não existe saneamento básico e o esgoto corre a céu aberto e um lugar que falta luz em média dez vezes ao dia. Tem até um post que fala de curiosidades sobre o Camboja, recomendo ler antes e visitar.

 

 

Passado o choque, Siem Reap é uma cidade muito interessante e com lugares bem legais. A cidade é cortada pelo Rio Siem Reap, nas margens dele ficam as ruas principais da cidade e as mais movimentadas.

 

 

Ali ficam bons hotéis e restaurantes ao longo da Avenida Pokanbor. Também ficam muitas lojas de artesanato local, alguns só de móveis e outros só de cerâmicas. Muitas dessas peças são feitas por pessoas que sofreram mutilações por minas terrestres, um problema que até hoje faz parte do dia a dia do Camboja. Muitas áreas afastadas dos centros urbanos possuem minas ativas desde a Guerra do Vietnã.

 

 

Nessa mesma avenida fica o Wat Preah Prom Rath, um templo meio budista e meio hindu muito visitado, ele não é dos maiores, mas incrivelmente ornamentado.

 

 

Pertinho dele fica o Psar Chaa, o Mercado Antigo de Siem Reap, outro lugar muito visitado. A gente encontra de tudo: artesanato local, muita buginganga chinesa e claro, alimentos. As vendedoras fazem de tudo para te vender alguma coisa, se você passar olhando as bancas elas vão correndo atrás de você. Para quem estiver interessado em comprar alguma coisa, esse é o melhor momento para negociar e elas são ótimas de negociação.

 

 

Apesar de ser um ponto turístico, o mercado ainda é muito usado pelos cambojanos, como as duas amigas dividindo o peixe apoiado na calçada. É, como já comentei em outros posts, a higiene não é o forte deles.

 

 

No entorno do mercado ficam os melhores bares e restaurantes da cidade. E falando em comida, ali pertinho fica o The Sun, um restaurante que é famoso por ter o melhor hambúrguer da cidade. E como meu organismo não estava se dando muito bem com a comida apimentada do Camboja, eu comi esse hambúrguer aí com muita felicidade.

 

 

O The Sun também é um ótimo lugar para tomar uma cerveja gelada, usar e abusar do wi-fi deles e se refrescar um pouco antes de voltar pra rua.

 

 

Depois desse passeio no centro da cidade, vale pegar um tuk-tuk e ir visitar o Museu Nacional de Angkor. Ele fica na estrada a caminho dos templos, acho que ninguém faz isso mas o interessante é visitar o museu antes de visitar os templos, pois o museu explica muito bem a história de Angkor Wat.

 

 

Sem dúvida, ele é o melhor museu temático que eu já visitei. No acervo eles tem milhares de peças que pertenciam aos templos e foram levadas para o museu para evitar o roubo e vandalismo. Existe um mercado negro de peças dos templos que colecionadores pagam verdadeiras fortunas por uma estátua, muitas vezes, de poucos centímetros de tamanho mas de importância e valor histórico incalculável.

 

 

Uma das salas que mais chamam atenção é a sala dos mil Budas e sim, amigos, tem mil estátuas de Buda ali dentro, todas originais dos templos.

 

 

O Museu Nacional e Angkor não permite fotografias, por isso, vou ficar devendo imagens lá de dentro, mas vale muito a pena a visita. Só achei a entrada bem salgada, 12 dólares americanos. Mas é uma oportunidade única.

 

 

Outro museu bem visitado é o Museu das Minas Terrestres e o Museu da Guerra, que fica no caminho para o Aeroporto. Eu até pensei em visitar um deles, mas o dia estrava muito quente, batendo os 45 graus e achei que seria um passeio muito triste e declinei.

 

 

Pesquisando na internet eu vi que eles tem helicópteros, aviões, taques de guerra e muitas armas da Guerra do Vietnã e da época do Kmer Vermelho, o partido comunista que espalhou o terror pelo país nos anos 70 e 80.

 

 

Como você pode ver, o turismo em Siem Riep sempre gira em torno de Angkor Wat, mas para quem tiver um dia livre depois de visitar os templos, vale a pena dar uma passeada pela cidade.

 

 

Fonte: http://www.vounajanela.com