“E se eu não souber me expressar?”, “E se eu precisar de dinheiro?”, “E se eu ficar doente?”.
Na hora de planejar o intercâmbio, o viajante pensa em tudo, inclusive nas soluções para os possíveis problemas que podem vir a surgir no período longe de casa. Mas nem sempre um dos detalhes mais importantes para se manter tranquilo em outro país é incluído nessa preparação: o passaporte.
O passaporte brasileiro é o documento oficial de identificação do viajante em um país estranho e, por isso, a preocupação com ele não deve se limitar apenas à confecção, à data da validade e ao visto autorizado. E se… você o perder?
Ninguém está imune a isso, por mais que cuide bem dele. Basta um segundo, um descuido, e ele se vai. Então, se aconteceu, tenha paciência.
O passaporte sumiu, e agora?
Perder um passaporte é uma grande incomodação e gera gastos desnecessários, mas não é o fim do mundo. Então, controle o pânico e comece a agir.
Procure a polícia local para oficializar a perda do documento. No Brasil, esse processo é chamado de Boletim de Ocorrência, mas os nomes variam pelo mundo afora.
Faça cópias desse registro: se for pedido, ele poderá servir como substituto temporário do passaporte.
Entregue uma dessas cópias ao Consulado ou à Embaixada do Brasil no país onde você está e solicite a emissão de um novo.
Prepare-se para desembolsar dinheiro. O valor para a emissão de um novo passaporte no exterior costuma ser, no mínimo, o dobro daquele que é cobrado no Brasil (hoje, R$ 257,25).
Se você tem viagens agendadas, transfira. Lembre-se que, sem passaporte, você não tem visto válido. A data de expiração dos vistos até valem para documentos vencidos, mas não para documentos perdidos: o Consulado não pode reemiti-lo e ele será cancelado.
Porém, se estiver próximo de retornar ao Brasil, espere para fazer um novo passaporte apenas quando chegar em casa. Nestes casos, o Consulado emite uma Autorização de Retorno ao Brasil (ARB), documento gratuito que permite o viajante voltar para casa sem custo. Em casa, será mais barato de resolver o problema.
Como evitar aborrecimentos com o passaporte brasileiro
O melhor remédio ainda é a precaução. Quando chegar ao país de destino, nem pense em levá-lo para todos os lados: o ideal é que ele seja usado no dia da chegada e no dia da saída do país e, depois, guardado a sete chaves. E só. Em todos os outros dias, tente se virar com a carteirinha estudantil internacional ou, então, com cópias do passaporte brasileiro.
Aliás, essa possibilidade vale ouro: encha-se delas. Faça cópias e mais cópias e forre a mala ainda antes de sair do Brasil. E, por garantia, tenha também uma cópia digitalizada no seu e-mail ou em pendrive. Elas serão úteis para o dia a dia, quando você for à aula, dar uma volta ou visitar amigos.
Além disso, tenha o número do seu passaporte anotado em todos os lugares possíveis: no celular, na agenda, nos cadernos. Isso pode ser tão ou mais importante que a própria cópia.
Perdi o passaporte no Brasil
Se você nem chegou a viajar, mas já se deu conta de que o seu passaporte não está com você, o procedimento é mais simples. Afinal, você ainda está em casa, né?
Avise a Polícia Federal. Você vai precisar preencher um documento intitulado Comunicação de ocorrência com documento de viagem, que pode ser impresso do próprio site do órgão.
Depois, leve-o até um posto da Polícia Federal, junto com documento com foto. Você terá que solicitar a emissão de um novo passaporte e o processo é o mesmo que da primeira vez.
Se você tiver algum visto válido no documento perdido, comunique também os respectivos consulados e peça o cancelamento.
Então, já sabe: o passaporte brasileiro vale ouro. Sem ele, você não está protegido, não consegue se deslocar e não tem nenhuma identificação pessoal válida. Ninguém quer uma incomodação a mais, nem contar com gastos inesperados, não é mesmo?
Fonte: catracalivre.com.br